Meus
pés descalços sentem a falta do fogo, do calor, do aconchego. De lençóis
bagunçados. Na verdade sinto a falta da bagunça de nossas almas enroladas em
brincadeiras. Nossas pequenas brincadeiras chamadas de viver.
Enquanto
o tic-tac do relógio não batia de forma certa, o seu coração andava sem ritmo.
Enquanto os ponteiros não se ajustavam, sua vida desandava. Mas foi assim, como
um tic-tac, ou um passe de mágica. A vida fez tic, seus olhos tac e tudo se
encaixou. Foi no bater dos sinos, na troca de olhares.
Nunca
passei por momentos de tamanha ansiedade. É como se meu coração fosse pular
para fora do meu corpo. É algo realmente engraçado, pois não estou pensando
nisso. Mas meu corpo e tudo em volta, reagem como se eu estivesse contando os
minutos, marcando as horas. Estou aqui olhando e revirando.
Tentando achar
algum defeito seu. Olho no espelho e vejo os problemas meus... Prometi
que dessa vez não seria. Não assim, não agora. Pedi aos céus e até ao Super
Homem. Mas não deu, tem coisas que não dá para controlar.
Queria que você não fugisse de mim. Mas não posso pedir isso. Sendo que até
mesmo eu fugiria. Cheiro a problemas, transpiro a confusões...
Mas
me explica esse magnetismo todo que me leva até você. O olhar não desvia da sua
boca, mesmo quando eu quero. Tento disfarçar, mas não consigo. E quando você
sorri para mim, sinto-me dentro do paraíso. E ao mesmo tempo, dentro de todo
caos.
Foram
por esses olhos que me apaixonei. Me perdi em olhares sinceros e por muitas
vezes com um tom de inocência. Compenetrado, sisudo, tranquilo... E às vezes
exagerado, escandaloso, inquieto... São tantas facetas de um mesmo olhar, que
ainda não conheço todas. Mas as que conheço, posso garantir que me levam aos
céus. Me deixam extasiado, feliz e em meio a toda paz.
http://www.entrecabelosebarba.com.br/2015/07/toda-paz.html
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