A nuvem e o deserto
Era uma nuvem perdida em meio ao oceano.
Branquinha como a neve.
Não molhava, apenas flutuava com extrema leveza e beleza.
Era apenas uma nuvenzinha perdida no oceano.
Era um chão árido, seco...
Torrado pelos raios de Sol, que não o perdoava.
Era um árido solo no meio de um gigantesco deserto.
Mal sabiam eles, que os ventos e o destino traçavam uma bela
história...
Era um árido solo, e uma linda nuvenzinha.
Ao se encontrar no meio do deserto a nuvenzinha sentiu algo.
Era a vontade de molhar, de viver, de fazer sentido.
O árido solo também.
Sentiu a vontade de receber aquilo que vinha do céu.
Em forma de chuva, em forma de amor.
Era uma linda nuvenzinha, que não estava mais perdida no meio do oceano.
E não era mais branquinha.
Agora era azul escuro, quase preto.
Mas agora ela molhava.
E não estava mais perdida.
O céu fazia sentido.
Era um árido solo no meio de um gigantesco deserto, que não
era mais tão árido assim.
Que agora tinha algum sentido.
Agora dava vida a novos desejos.
Dava vida a novas vidas, a novos sonhos...
Era uma linda nuvenzinha e um solo árido, que se completavam
mesmo de longe.
Que faziam sentido mesmo a quilômetros de distância.
Não eram opostos, eram complementos.
Eram vida, eram amores...
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