Está tudo certo!
Eles marcham em silêncio, sem brilho, sem luz, sem vida... São mantidos com suas mentes ocupadas e suas bocas fechadas, ao olhar firme de seu comandante. Esse ninguém sabe quem é, e nem o que faz. Só ouvem a sua voz... Na verdade sua voz sopra baixinho no ouvido de cada um. Esse som nem sempre é claro, mas geralmente diz assim: “Sorria, você é feliz... Sorria, está tudo certo”.
Com a venda nos olhos e o rumo incerto o exército marcha... Passam pela miséria, pela fome, pela sede, mas ninguém se importa, ou melhor, ninguém vê. Seu comandante continua a assoprar em seus ouvidos: “Sorria, você é feliz...”
O exército não para, faz tudo o que o seu comandante manda sem questionar. Mata, saqueia, atira em inocentes com a tranquilidade de um monge. Afinal, está tudo certo, é só seguir a voz de comando.
Pobre soldado humilhado, cansado do seu sofrer. Cansado de marchar sem objetivo. Enfim se liberta da venda que não o deixa enxergar. Logo esvazia a mente de besteiras e enxerga o mundo como realmente é. O mundo que não querem deixa-lo enxergar.
Ele descobre a fome, a miséria, a sede, as doenças e percebe que tudo é causado pelo exército que marcha por cima do sangue inocente. O sangue de milhares de pessoas oprimidas pelo exército da morte. Ele não acredita no que vê, precisa alertar seus companheiros...
Os olhos enxergam, a mente já não mais ocupada volta a pensar. Sua boca amordaçada precisa falar. E ele fala, grita aos quatro cantos do mundo que o exercito está errado, que a vida não é bela como seu comandante diz. Que há fome, miséria, morte... Causadas pela repressão, pela opressão, pelo marchar sem limites. Pelo explorar, pelo ignorar, pelo não amar o próximo. Pelo querer do poder, pelo querer sem escrúpulos...
O soldado é ignorado. Os de fora não entendem, afinal, vivem com medo, sem conhecimento, na miséria do pensar, na miséria do saber. Os de dentro, não pensam, não querem pensar. É melhor marchar, que morrer na miséria...
Pobre soldado humilhado, cansado do seu sofrer. Cansado de marchar sem objetivo. Enfim se liberta da venda que não o deixa enxergar. Logo esvazia a mente de besteiras e enxerga o mundo como realmente é. O mundo que não querem deixa-lo enxergar.
Ele descobre a fome, a miséria, a sede, as doenças e percebe que tudo é causado pelo exército que marcha por cima do sangue inocente. O sangue de milhares de pessoas oprimidas pelo exército da morte. Ele não acredita no que vê, precisa alertar seus companheiros...
Os olhos enxergam, a mente já não mais ocupada volta a pensar. Sua boca amordaçada precisa falar. E ele fala, grita aos quatro cantos do mundo que o exercito está errado, que a vida não é bela como seu comandante diz. Que há fome, miséria, morte... Causadas pela repressão, pela opressão, pelo marchar sem limites. Pelo explorar, pelo ignorar, pelo não amar o próximo. Pelo querer do poder, pelo querer sem escrúpulos...
O soldado é ignorado. Os de fora não entendem, afinal, vivem com medo, sem conhecimento, na miséria do pensar, na miséria do saber. Os de dentro, não pensam, não querem pensar. É melhor marchar, que morrer na miséria...
O pobre soldado se sente livre, mas não sabe que está sendo observado de perto pelo seu comandante. Este o expulsa do exercito... Longe do exercito, ele é mais um entre os milhares de inocentes que sofrem com a ganância, e o poder das forças opressoras. Longe do rebanho ele é apenas mais um animal a ser morto para proteger o sistema. Longe das tropas ele é apenas mais um miserável, que serve de escada para alavancar o projeto audacioso do comandante. Longe do exercito ele é apenas mais um, mas cada soldado vendado é apenas mais um. No meio de tantos outros que não servem para nada. A não ser aumentar o poder de seus comandantes... Eles apenas marcham, marcham, e marcham.
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